sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Desafio - Aprendizagem por Projetos

Como foi expresso no texto "Somos constantemente provocadas", postado neste blog, tem sido um desafio participar de um projeto de aprendizagem (para o meu grupo: Inclusão Digital; e que tem a pesquisa socializada através deste blog).

Cheguei à conclusão, há algumas semanas atrás, que o que me falta (ou melhor: umas das 'coisas' que me falta, pois, será que enquanto eu viver neste mundo eu alcançarei a perfeição?) é autonomia. E tenho experimentado sentimentos diversos participando deste projeto de aprendizagem: preguiça de pesquisar; satisfação devido aos conhecimentos que tenho adquirido e assimilado devido às diversas leituras e atividades realizadas até agora; revolta por perceber que tudo o que eu vivi até agora, em termos de escola e educação, está profundamente enraizado em mim (o professor sabe, o professor tem a razão, o aluno estudo o que o professor ensina, etc.).

Preciso concordar com a professora Andrea Cecilia Ramal quando, em seu artigo "Avaliar na Cibercultura", diz que

"Não é possível pensar em formação da
autonomia dos estudantes com aulas estruturadas sobre um paradigma tradicional
de ensino. Em muitas escolas, o aluno ainda passa mais tempo ouvindo
explicações do que realizando estudos pessoais. O acompanhamento do
trabalho ainda é superficial, ligado a instrumentos de avaliação que
muitas vezes funcionam como formas de pressão e controle. Os alunos
não são orientados para a elaboração dos próprios planos de estudo
interdisciplinares; assim, para eles a avaliação parece servir
apenas para decretar promoções e reprovações".


pois foi essa a minha experiência desde o Ensino Fudamental, até agora.

Ao chegar à faculdade, porém, tenho sido desafiada e provocada a mudar minha forma de pensar, de estudar de aprender.

Agora tenho vivido aquilo que Ramal propõe, pois estou sendo envolvida na própria educação ao pesquisar o que é de meu interesse, ao trocar idéias com as gurias do meu grupo e também de toda a turma.
E sim, Ramal está certa: "o ensino por projetos tem mais chances de constituir aprendizagem significativa" - é isso que tenho experimentado!

Referência:
RAMAL, Andrea Cecilia. "Avaliar na cibercultura". Porto Alegre: Revista Pátio, Ed. Artmed, fevereiro 2000.



3 comentários:

Josiane disse...

Realmente, essa nova forma de aprender e de ensinar através de projetos, tem-nos feito rever as nossas práticas pedagógicas e a forma como fomos avaliados no ensino médio e fundamental até agora. Muito há de se pensar: penso que, muitas vezes fui injustiaçada pela prova, pois não fui avaliada na minha construção de conhecimento e sim pelo que as questões certas e erradas demarcaram! Esse texto me fez pensar muito nisso! Quantos não se sentem da mesma forma? Por ter errada um acento, um sinal negativo já perde meio ponto!
Estamos começando uma nova fase, um novo momento, um novo processo e, certamente, seremos melhores docentes e mais justos com nossos alunos após a leitura desse texto e da nossa experiência de aprendizagem através de projetos.

Daiana Trein εїз disse...

Que bom que você está pensando no assunto, isto´já é meio caminho andado rsrs! Mas quanto ao desenvolvimento da sua autonomia.. isto realmente é fundamental, na minha concepção, para um professor.

Carina disse...

Olá colega!
Também li o texto,Avaliar na cibercultura, e trazendo o texto para a realidade que estamos vivendo não estamos muito longe do exemplo citado no início do mesmo.Pois estamos construindo um projeto e criamos um blog de forma coletiva.Estamos pesquisando e utilizando a metodologia que o grupo escolheu de forma coletiva e interagindo com a tecnologia que é nos oferecida.De uma forma independente do professor e autonoma na medida do possível é claro.Como vc comentou um grande desafio,creio que estamos adquirindo muitas aprendizagens.